terça-feira, 5 de julho de 2011

A história que me ocorreu hoje é das mais belas que ouvi, vão uns longos dez anos . É o exemplo acabado de que a imaginação não tem limites e que as melhores emoções são as de quem as sabe viver e construir. Conheci-a pela rádio, contada pelo nosso camarada Fernando Alves, o mestre da palavra dita.
O relato, contou o Fernando, foi ouvido pelo pasmado repórter, numa taberna alentejana, concelho de Castro Verde, terra de horizontes largos e gente de alma grande. Como testemunhas estariam uns jarros de vinho, uns copos, uns enchidos. As histórias corriam como a bebida pelas gargantas, devia-se cantar de vez em quando…
Já muitas histórias tinham sido atiradas quando alguém trouxe para a roda esse quase mito de Chico Papo de Homem, motorista de um dos homens mais ricos da terra. Mas ele, o suposto condutor, não tinha carta, pese embora a farda a rigor, com chapéu a condizer.O patrão arriscaria uma costela feudal por esses tempos de miséria, tinha dinheiro e os respectivos caprichos, sonhos que o dinheiro compra. E um deles foi um belo carro, o primeiro que Castro Verde viu chegar. Que Chico Papo de Homem mantinha reluzente, tanto como um homem é capaz, limpando e puxando lustro aos cromados.
Como nem criado nem patrão sabiam conduzir, a viatura terá sido colocada no quintal. Porque ninguém sabia fazer mexer a máquina um dedo que fosse, o primeiro contratempo saltou logo aos olhos: os pneus a ficarem vazios; depois as ervas a crescerem em torno do automóvel.Solução: levantar a máquina e assentá-la em quatro cepos. Ali, no ar, os anos pareciam passar mais lentos pelo aço e deixar menos marcas na chapa.
Lá por trás do muro e das vistas alheias, quase todos os dias eram de viagem. Conta quem ouviu que os relatos de Papo de Homem eram quase inquestionáveis de tão autênticos.Cumpria-se o ritual diário: motorista no seu posto, patrão no banco de trás, como mandam as regras da ostentação e aí iam eles…sem sair de cima dos cepos.Com o ar mais sério do mundo, Chico narrava depois para quem lhe dava ouvidos: “Ontem fomos ao Caldeirão, atravessámos um nevoeiro que metia medo” ou “Fui a Beja ver o Palácio dos Duques. A estrada está péssima”.
Abraço.
António Martins Neves

sábado, 1 de janeiro de 2011

Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º de Janeiro


As Bandas Filarmónicas de Castro Verde estão sempre ligadas à Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º de Janeiro, fazendo parte da história desta grande colectividade,orgulho de muitas gerações de castrenses que a frequentaram.
Foi por volta de 1928 que foi criada a primeira banda filarmónica em Castro Verde ,que inicialmente esteve ligada ao Grémio Recreativo e filarmónico 1º de Janeiro.
Esta banda teve um período curto. Por volta de 1940 a actividade regressa ao Grémio, desta vez através da formação de um grupo musical composto por alguns elementos da extinta filarmónica.
Foi uma banda ligada à Sociedade Musical União Castrense, também conhecida pela sociedade dos ricos. Todavia alguns elementos também eram sócios da Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º de Janeiro.
Por volta de 1941 houve um acordo entre as duas colectividades com a oferta por parte da Sociedade União Castrense de todos os instrumentos à Sociedade Recreativa e Filarmónica 1º de Janeiro, ficando a Banda afecta a esta Sociedade.
Chegou a ser uma banda de referência no distrito de Beja.
Esta viria extinguir-se por volta do ano de 1950.
Foi já depois do 25 de Abril que a Filarmónica renasceu mantendo -se até aos nossos dias.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Há dois anos...

Passados ja dois anos.....

Mas continuas sempre presente....

Tenho muitas recordações tuas....

todas elas muito positivas...

eras unico e sempre seras unico....

Meu AVÔ....

sábado, 18 de dezembro de 2010

O Coreto... e a Igreja Matriz....


Senhoras de outros tempos...


Da esquerda para a direita : Senhora Mariana Lopes , Sra. Dona Mariana Prazeres e Senhora Assunção Colaço....
A sra. Mariana Lopes e a sra. Assunção costuravam na casa de D.Mariana Prazeres, esta senhora era conhecida em Castro Verde pelo nome de "mãe dos pobres",pois gostava de ajudar os mais carênciados...uma senhora de bom coração...

domingo, 21 de novembro de 2010

Fiando...


Senhor Jacinto M. Faleiro


Nasceu dia 2 de junho de 1885

Grande proprietário de Castro Verde, tinha em sua posse um vasto espólio,sobretudo em prédios rústicos...

Fisionomicamente muito parecido com Salazar...

Mandou construir em Castro Verde o prédio ( Arte Nova)...

Deixou "o remanescente de todos os seus bens à Santa Casa da Misericórdia e Hospital Morais Sarmento de Castro Verde."..

Veio a falecer em 22 de Maio de 1975...